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4 de julho de 2012

Porto Alegre terá Centro de Referência e Atendimento à Mulher

Foto: Ricardo Stricher/PMPA
Centro surgiu de demanda da Conferência de Políticas para Mulheres
Centro surgiu de demanda da Conferência de Políticas para Mulheres
Porto Alegre passará a contar, a partir desta quinta-feira, 5, com um espaço de prevenção, acolhimento e encaminhamento para mulheres vítimas de violência. Será inaugurado, às 11h30, o Centro de Referência e Atendimento à Mulher (Cram), um espaço de atendimento multidisciplinar a mulheres vítimas de todo tipo de violência, como doméstica, sexual ou assédio sexual e moral. Ligado à Coordenadoria das Políticas Públicas para Mulheres, o Cram funcionará na rua Siqueira Campos, 1184, 16º andar, no Centro Histórico. O prefeito José Fortunati participará da instalação do Centro.
Nascido de uma demanda antiga durante as três últimas edições da Conferência Municipal de Políticas Públicas para Mulheres, o Centro terá uma equipe com psicóloga, assistente social e advogada. No local, a mulher terá informações sobre questões de gênero e violência e, caso necessário, será encaminhada para a rede de atendimento da prefeitura nas áreas de saúde, segurança e assistência social. Serão disponibilizados, ainda, uma brinquedoteca, com pedagoga que irá atender crianças que vierem acompanhando suas mães, e um auditório para palestras. O Cram também está buscando articulação com órgãos estaduais como Defensoria Pública, Ministério Público e Delegacia da Mulher.
"O Centro será um espaço de desconstrução desse ciclo de violência e de prevenção de novos casos", explica a coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Ângela Kravczyk. Segundo ela, o local tanto pode receber demandas como, também, encaminhar para outras esferas do poder público. "Algumas mulheres virão até nós encaminhadas pelas unidades de saúde, por exemplo. Outras chegarão diretamente ao Centro em busca de apoio e orientação“, exemplifica Ângela. O espaço poderá, inclusive, desafogar o Judiciário. Segundo ela, existe uma demanda reprimida de 40 mil casos que tramitam nos juizados especiais que poderiam ser resolvidos a partir do Centro.
Para Ângela, a abertura do Centro é um passo importante para as políticas públicas voltadas às mulheres. “É uma demanda antiga do movimento de mulheres que se concretiza nesta administração”, enfatiza.
O Centro tem sua implementação prevista pela Lei Maria da Penha, que determina ao poder público a implementação de espaços de assistência à mulher vítima de violência. A lei determina a criação de espaços que articulem serviços, organismos governamentais e ongs na busca de esclarecimentos da violência, o fortalecimento da autoestima e a prevenção de futuras agressões, de forma a romper o ciclo de violência. Todos os caso que chegarem ao Centro serão mantidos sob sigilo.


/assistenciasocial
Texto de: Caren Mello
Edição de: Caren Mello
Autorizada a reprodução dos